segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O AQUEDUTO DA GRANJA DO MARQUÊS

O aqueduto da Granja do Marquês - atual Base Aérea n.º 1 / Academia da Força Aérea - foi recentemente objeto de uma intervenção de reabilitação, conforme consta numa notícia do "Jornal da Região" do passado dia 16 de Dezembro:

No entanto, e como é referido nessa notícia, existe ainda outro troço do aqueduto que não foi recuperado.
Essa é uma situação que se mantém desde 1987, altura em que um dos arcos do aqueduto foi derrubado por uma camioneta, como era denunciado no Jornal de Sintra de finais desse ano (há 21 anos!).


O Presidente da Junta de Freguesia de Pero Pinheiro refere das dificuldades da recuperação desse arco do aqueduto, o que certamente corresponde à realidade.
No entanto, não se pode deixar de constatar que os tais armazéns industriais foram construídos em data muito posterior à da destruição do arco do aqueduto... E a pergunta inevitável a fazer é quem e em que condições autorizou a construção dos tais pavilhões se isso iria inviabilizar a recuperação do aqueduto?
De qualquer forma, estamos no século XXI, o homem já foi à Lua há quase 40 anos, certamente que existem soluções técnicas, economicamente razoáveis, para a recuperação deste valioso elemento da nossa identidade cultural.
E já agora seria de não continuar a esquecer a possibilidade de classificação do Aqueduto da Granja do Marquês enquanto património histórico-cultural que o é (Imóvel de Interesse Público, Imóvel de Valor Concelhio?).

O nosso reconhecimento e apoio ao Presidente Carlos Parreiras na sua sensibilização/pressão às entidades competentes!

domingo, 28 de dezembro de 2008

A FONTE DE COUTINHO AFONSO

Coutinho Afonso possui uma antiquíssima e característica fonte de mergulho, cujas origens se desconhecem.
Das poucas referências que encontramos, salienta-se a que consta no sítio da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins - Fontes da Freguesia/Projecto "Arquitectura popular da água":
"Esta fonte está localizada em Coutinho Afonso onde a forma da antiga vivência rural, saloia e comunitária é ainda uma realidade.
No local encontram-se vestígios de diversas épocas, nomeadamente tardo medieval e setecentista ou até mais antigo se tivermos em conta os materiais arquitectónicos dos finais do Neolítico e princípios do Eneolítico encontrados no topo do monte. Trata-se de uma fonte de mergulho localizada no logradouro da localidade.
A cobertura do reservatório de Arca é constituída por laje calcária colocada horizontalmente. Possui tanque ou bebedouro para animais e poiais."
O artigo onde esta nota é inserida refere que a fonte de Coutinho Afonso foi integrada num projecto de recuperação de 4 fontes da freguesia, iniciado em Abril de 2004 com a colaboração do arqueólogo Rui Oliveira.
(Um parêntesis "engraçado" - descobri entretanto um recorte de jornal de Julho de 2000 que dava exactamente a notícia da conclusão da recuperação da fonte em Junho desse ano - o que é um facto é que na foto que acompanha a notícia se encontra o anterior Presidente da Junta. Pergunta: a fonte foi objecto de recuperações espaçadas apenas de 4 anos, ou estamos perante um facto de "revisionismo histórico"?)
Notícia de Jul.2000 sobre a recuperação da fonte
Independentemente do "autor" da recuperação, e como se constata da fotografia actual apresentada a seguir, a fonte foi efectivamente (bem) recuperada.
Fotografia actual da fonte (2008)

Contudo, e como a fotografia também documenta, a actual envolvência da fonte não é propriamente a mais digna para este importante vestígio do nosso passado. Talvez os contentores possam ser colocados noutro local...

Já agora, uma fotografia da fonte em Novembro de 1989:

domingo, 5 de outubro de 2008

PIRÓMANO(S) CONTINUA À SOLTA!

No sábado dia 27 de Setembro voltou a registar-se mais um incêndio em Coutinho Afonso.

Desta vez foi na "serra", onde as chamas consumiram não só mato como também algumas árvores.


O(s) pirómano(s) continua à solta e na população agrava-se a sensação de insegurança. Talvez se as forças de segurança se tornassem um bocadinho mais "visíveis" ajudasse...

domingo, 21 de setembro de 2008

ACIDENTE RODOVIÁRIO NA POVOAÇÃO

Na passada 5.ª feira dia 18 de Setembro registou-se um grave e aparatoso acidente no interior da povoação de Coutinho Afonso.
Pelas 13H30 uma viatura que se deslocava no sentido Cortegaça - Algueirão despistou-se na Estrada Principal, subindo passeio e embatendo violentamente contra um poste de electricidade e o muro de uma habitação.
O acidente provocou a destruição e queda do poste eléctrico e a avaria da iluminação pública nesta zona (até esta data)
O acidente provocou ferimentos no condutor da viatura, que ficaria encarcerado, sendo a circulação automóvel interrompida até às 18H00.
Este acidente vem trazer novamente à baila as questões de segurança dos peões no interior de Coutinho Afonso.
Como é sobejamente sabido - nomeadamente pela Junta de Freguesia -, a povoação não dispõe de qualquer passadeira ou de dispositivos de redução de velocidade, à excepção de dois semáforos nas entradas da povoação que, também como é do conhecimento geral, ninguém respeita - desafiamos as autoridades a confirmar com os seus próprios olhos (nem é preciso radares) esta afirmação.
Um grupo de moradores de Coutinho Afonso têm vindo, pelo menos desde 2001, a alertar a(s) Junta(s) de Freguesia para estes e outros problemas de circulação e segurança, sem que seja registada qualquer alteração. Prometemos voltar ao assunto, divulgando os alertas e sugestões efectuados e as respostas (?) obtidas...

PIRÓMANO(S) À SOLTA!

No passado sábado dia 13 de Setembro verificou-se mais um incêndio florestal na envolvente da povoação de Coutinho Afonso. Este foi o oitavo ou nono foco de incêndio ocorrido este Verão no perímetro Coutinho Afonso / Raposeiras / Cortegaça, todos eles sem consequências gravosas dada a pronta intervenção dos bombeiros, que não têm poupado recursos no seu combate.
Combate ao incêndio de 13 de Julho de 2008

O elevado número de incêndios registado leva à conclusão de que não estamos perante "fenómenos da natureza" ou mesmo de infelizes actos humano acidentais. Neste último incêndio as autoridades policiais inquiriram moradores sobre o assunto, pelo que se espera a abertura de uma investigação que leve à detecção e internamento do(s) louco(s) ou doente(s) à solta.

domingo, 14 de setembro de 2008

CORTE DA EM608 - VALEU A PENA LUTAR!


A luta dos moradores de Coutinho Afonso, Raposeiras, Cortegaça e de outras de povoações afectadas pelo projectado encerramento da EM608 na sua intersecção com a auto-estrada A16, teve resultados positivos. 

A reacção rápida dos moradores e das outras pessoas afectadas pela absurda forma encontrada de construir a intersecção das estradas, sem dúvida que teve papel determinante na solução agora anunciada. Certamente que a Câmara (em particular, o seu Presidente) também fez bem o seu "papel". 

A notícia no "Jornal de Sintra" do passado dia 12:

No entanto, "quem faz uma...".

Como afirmam os moradores de Raposeiras no seu comunicado de 11 de Setembro, o melhor é mesmo estar atento...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O PAIOL DE PÓLVORA DA BARROSA

A destruição do património arquitectónico menos "monumental" da nossa freguesia continua a ser uma constante.

Se em relação a alguns dos edifícios/construções "mais nobres" se regista certa preocupação (só mesmo "preocupação"?), no que se refere aos outros elementos do nosso património construído, nem sequer comentários existem.

Por parte da(s) Junta(s) de Freguesia, a única excepção a essa triste realidade será o "Projecto Arquitectura Popular da Água" , no âmbito do qual foram recuperadas 4 fontes situadas em várias localidades da freguesia, entre as quais Coutinho Afonso (de que falaremos um desses dias).

Mas é pouco, é muito pouco!

O património construído é muito mais do que fontes; como estão, o que foi feito, o que está projectado para os (restos) dos nossos moinhos, das edificações e equipamentos das antigas pedreiras, dos lavadouros (veja-se o que fizeram à de Coutinho Afonso em 1987 - ver texto "A face escura da freguesia" noutro local deste blogue), das eiras, dos fornos de cal...

Agora foi a vez do (certamente único na freguesia) paiol de pólvora da Barrosa. Edificação pelo menos centenária, destinava-se originalmente a armazenar em segurança pólvora para venda nos estabelecimentos da empresa José Lopes Miranda e Herdeiros. Com o passar dos tempos terá tido outros usos, entre os quais o de abrigo de pessoas menos favorecidas.

Pois, em pleno século XXI (sim em plena época dos computadores, telemóveis, fortunas fáceis...), o paiol não resistiu aos tipos da AENOR, a quem incomodava no seu afã da construção da A16. Já para não falar em alterações ao projecto da estrada do progresso, fazendo, talvez, um ligeiro desvio, no século XXI usam-se outras formas de conservação do património - por exemplo a sua desmontagem e reconstrução noutro local (talvez mesmo a praça da portagem, um pouco mais abaixo).
Imagem do conjunto do paiol

Edifício posterior - vista de frente

Edifício posterior - interior (cobertura)

Imagem da edificação frontal - vista de frente

Edificação frontal - vista posterior

AS FESTAS DE NOSSA SENHORA DA LUZ

As festas de Nossa Senhora da Luz realizam-se anualmente na povoação vizinha de Cortegaça, envolvendo também activamente a população de Coutinho Afonso.

Apresentamos de seguida dois pequenos clip video de telemóvel das festas de 2007 em Coutinho Afonso (perdoe-se a qualidade).


terça-feira, 9 de setembro de 2008

COUTINHO AFONSO - A "FACE ESCURA" DA FREGUESIA

O texto que reproduzimos a seguir foi publicado em 1987 num jornal local de Algueirão-Mem Martins - "Boletim 921". Passados 21 anos muito pouco se alterou ...

NÃO AO CORTE DA ESTRADA MUNICIPAL EM608


Apesar de Coutinho Afonso se situar na maior freguesia da Europa, apenas a 4 km do seu centro, e a meros 25 km da capital do Império, continua a ser tratada ao nível do "terceiro mundo".
Um exemplo muito recente do desprezo pelos seus habitantes (vá lá, agora não são só eles, mas também, pelo menos, os de Algueirão, Cortegaça, Raposeiras, Fação ...), é a forma como a entidade gestora/construtora da auto-estrada A16 pretende avançar com as obras na intersecção dessa auto-estrada com a estrada de ligação Algueirão - Coutinho Afonso (EM308): pura e simplesmente cortando-a!
Os moradores das povoações afectadas desta vez não parecem dispostos a ignorar a elementar falta de consideração e prepotência deste "poder obscuro" (já não nos bastava a inoperância dos locais, tinham de vir mais estes não se sabe bem de onde!), e vai mesmo à luta:
Transcreve-se de seguida comunicado da população.

NÃO AO CORTE DA ESTRADA MUNICIPAL 608 (ALGUEIRÃO-VELHO, COUTINHO AFONSO, CORTEGAÇA, FAÇÃO)

As obras do IC16/A16 nesta zona estão a ser acompanhadas com atenção, curiosidade e expectativa pelas populações. No local em que a autoestrada cruza a EM608 (na encosta do monte Maria Dias) toda a gente esperava a construção de um túnel. Afinal a AENOR (executante da obra) e o Min. Obras Públicas projectam fazer um viaduto/ponte e preparam-se para cortar a Estrada Mun. 608 por longos meses para fazerem a obra à maneira deles. A Câmara de Sintra não soube, ou não conseguiu, garantir os interesses e direitos dos munícipes e das empresas da zona, com decisões a tempo e horas.

As populações de Raposeiras e Coutinho Afonso - que ficariam impedidas do acesso directo à sua freguesia, Bombeiros, segurança e serviços, de Cortegaça e até o principal acesso à Academia da Força Aérea de quem vem da Linha de Sintra (comboio) -, o Comércio e a Indústria locais estão revoltados, não aceitam o corte desta estrada sem uma alternativa no local. Pelas já saturadas (a horas de ponta) estradas que existem actualmente teria de ser feita uma volta de mais de 10 km, quer pelo Sabugo, Telhal e Recoveiro, ou por Fação, Base Aérea e "Recta da Granja", provocando um caos infernal no complicado trânsito da zona, elevados prejuízos financeiros e empresas e uma incontornável perda de tempo.

É inaceitável que tenham garantido área e espaços para a obra e estaleiros e que numa inqualificável falta de respeito, tenham esquecido e virado as costas às populações e aos milhares de utilizadores desta estrada e que fazem a sua vida e seu sustento através dela. As obras estão a avançar a "todo o vapor" para acabar com as ainda possíveis alternativas.

  • É URGENTE O PROTESTO!
  • QUEREMOS ALTERNATIVAS QUE NÃO CORTEM A EM608!

Está a correr um Abaixo-Assinado que se pode encontrar na quase totalidade das Associações e cafés de Coutinho Afonso, Cortegaça, Quarteiras e Raposeiras, onde estará um painel informativo da evolução da resolução deste problema. ASSINA, DIVULGA, FAZ CHEGAR POR TODOS OS MEIOS O TEU/NOSSO PROTESTO A TODO O LADO!

Raposeiras, 3 de Setembro de 2008 Moradores de Cortegaça, Coutinho Afonso e Raposeiras